Foi numa tarde de dezembro

by - 11:15


Cromossomos;
Como somos
Inventamos o eixo
E desleixamos.
Contrariemos os Desencontros

Foi numa tarde de dezembro que eles se conheceram. As nuvens eram cinza, contrastando com o céu azul que ali estava, pronto para se mostrar. Seus corpos acabaram se esbarrando uma ou duas vezes, devido à multidão e – eles acreditavam – à vontade que tinham de se entrecruzarem. Os dias foram se passando, um após o outro, sempre com muito esforço em continuar e com um peso enorme no olhar, até que ambos se olharam e se viram realmente, com todo o desespero que o primeiro Amor provoca no peito.

Amor? Como assim, Amor? Afinal, eram estranhos um para o outro. Mal se conheciam. Mal se falavam. Mal se olhavam. Mas era evidente a conexão que sentiam – e, isso, nem eles podiam negar para si próprios.

Numa bela manhã de janeiro, tentaram mais do que o costume. E, quem diria que conseguiriam? Saíram, gargalharam, beijaram, abraçaram, deram as mãos e gritaram o Amor que sentiam aos sete ventos. Foi tudo lindo. Mágico. Inebriante. Porém, finito.

Quê!? Mas Amor também morre? Não, não pode ser! Não Amor com essa letra maiúscula na inicial. Não esse Amor. Não!

Entretanto, a verdade é sempre o que mais dói. E, após meses e meses da mais pura união, o laço se rompeu: outros laços intermitentes foram criados. E nem o mais forte ser humano consegue aguentar tal peso na existência.

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8 comentários

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Beijos,
Juliana Aguiar.

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